Neste sábado (5), a Paróquia de Nossa Senhora da Assunção, de Cabo Frio, anunciou que não irá realizar a tradicional confecção de tapetes de sal durante a celebração de Corpus Christi deste ano.
A justificativa, conforme destacado na nota oficial, foi a reincidência de “batalhas de tinta realizadas por adolescentes e jovens, que não se dirigem à Praça Porto Rocha para celebrar a Eucaristia, gerando desconforto e desrespeito” e que o ato “travestido de brincadeira transforma o local em lugar de correria, intimidando a todos”.
O anúncio causou indignação na cidade, gerando comentários contrários não só aos jovens, mas também à decisão da Paróquia.
Vale lembrar que a brincadeira também gerou polêmica no município em 2017, quando um grupo de jovens chegou a criar um evento, divulgado nas redes sócias, convocando para a guerra de tintas durante a confecção dos tapetes. Nem mesmo a observação de que a tradição religiosa deveria ser respeitada cessou a insatisfação, gerando reclamações públicas da Paróquia e do poder público.
Durante a confecção dos tapetes do ano passado (que quase acabou não correndo em função da polêmica envolvendo a brincadeira considerada de mau gosto pela Paróquia e parte dos fiéis), houve policiamento para evitar excessos por parte dos jovens. A guerra de tintas acabou ocorrendo na parte central da praça Porto Rocha, e nenhum incidente foi constatado pelos órgãos públicos e de segurança.
POPULAÇÃO DE CABO FRIO EXPRESSOU OPINIÕES DIVERSAS SOBRE DECISÃO DA IGREJA
A decisão da Paróquia de Nossa Senhora da Assunção, comunicada poucos dias antes do Corpus Christi, repercutiu rapidamente nas redes sociais.
Enquanto os fiéis lamentaram a quebra da tradição e a postura dos jovens durante a celebração, pessoas de diversas gerações destacaram que a guerra de tintas sempre existiu durante as confecções de tapetes de sal em Cabo Frio, e que somente nos últimos anos a insatisfação com a brincadeira começou a ganhar maiores proporções.
Um dos que se manifestaram contrários foi o ex-secretário de Cultura de Cabo Frio, José Facury Heluy, que classificou a medida da igreja como “conservadora e moralista”.
Comentários divididos nas redes sociais:
Entre os católicos, o clima foi de perplexidade e revolta:
